quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Cirurgia bariátrica. O que é isso?
O candidato a Deputado Federal pelo PRP Evangelista - 4421 - defende aumento do percentual de cirurgias bariátricas pelo SUS. Hoje apenas 10% dos milhares de pacientes obesos são atendidos gratuitamente. A fila de espera ultrapassa a cinco anos.
O que é cirurgia bariátrica?
Em alguns casos mais graves, as mudanças alimentares e a prática de atividades físicas são impossíveis de serem implementadas. Nestas situações, apenas uma intervenção médica mais efetiva, como a cirurgia bariática (cirurgia para redução do tamanho do estômago1), deve resolver o problema. A maioria desses casos são aqueles em que o índice de massa corporal2 (IMC) atinge valores superiores a 40 kg/m².
Nestes obesos, os inúmeros tratamentos e a oscilação ponderal, além do potencial genético, agravam o quadro clínico.
As doenças associadas à obesidade3 grau III (hipertensão arterial4 , artropatias, dislipidemias, diabetes5 , disfunções respiratórias, etc), geraram o termo “obesidade mórbida”, que deve ser abandonado.
Existe mais de um tipo de cirurgia bariátrica?
Existem dois tipos de cirurgia bariátrica. No primeiro, em que há redução do tamanho do estômago1, existem três variações denominadas: banda vertical ajustável, gastroplastia vertical, gastroplastia vertical com by-pass em y de Roux. Esta última, também chamada Capella ou Fobi-Capella, é a mais utilizada e foi desenvolvida por cirurgiões. Além da restrição causada pela diminuição do volume do estômago1, ocorre uma pequena disabsorção dos alimentos, porque eles deixam de passar pela primeira parte do intestino delgado6.
O segundo tipo é a cirurgia disabsortiva (ou Derivação bilio-pancreática), chamada de cirurgia de Scopinaro. Neste caso, o paciente terá mais liberdade de comer maior quantidade de alimentos, já que não há grande diminuição do estômago1, que fica com 2/3 do seu tamanho original. O que é feito aqui é um grande desvio do alimento, que vai para o intestino grosso7.
Estes pacientes submetidos à gastroplastia redutora devem ser acompanhados, recebendo orientações específicas para elaboração de uma dieta equilibrada. A adesão ao tratamento deverá ser avaliada, uma vez que pacientes instáveis psicologicamente podem recorrer a preparações de alta densidade calórica, de baixa qualidade nutricional, colocando em risco o sucesso da intervenção a longo prazo.
Existem contra-indicações para a realização desta cirurgia como, por exemplo, cirrose8 hepática, algumas doenças renais e psiquiátricas graves, vícios (droga, alcoolismo) e disfunções hormonais. Todas devem ser avaliadas por profissionais com prática e conhecimento aprofundado neste assunto.
Em todos os casos você deverá, obrigatoriamente, ter pleno conhecimento das características, necessidades, riscos e limitações de cada cirurgia. Participe de reuniões com uma equipe multiprofissional e com pacientes já operados para poder ter certeza da sua decisão.
Quais os cuidados a serem tomados antes e após a cirurgia?
Os cuidados a serem tomados antes e após cada cirurgia vão depender de cada caso, mas no geral consistem em avaliações clínico-laboratoriais com exames de sangue9, radiografia de tórax, ultra-sonografia e/ou tomografia do abdômen, avaliação cardiológica, endoscopia10 digestiva com pesquisa de H. Pylori e avaliação da função respiratória (mais aprofundada quanto mais obeso ou complicado seja o caso). Caso o paciente tenha alguma doença que necessite tratamento e controle prévio, a cirurgia será adiada até que se obtenha a melhor condição clínica.
Os obesos que passam por uma cirurgia bariátrica necessitam de orientação nutricional permamente para suplementar a dieta com compostos ricos em proteínas11, vitamina12 B12 e ferro. Cuidados especiais para evitar casos de desnutrição13 após a cirurgia também são necessários.
Após a cirurgia, o paciente já sai do hospital, em média, com menos dois quilos. Nos primeiros meses, a redução no peso chega ser de sete a oito quilos. Os pacientes com quadro de diabetes5 tipo 2 podem precisar reduzir ou interromper o uso de insulina14. A complicação mais difícil de ser tratada é a pressão arterial. Ela demora mais a estabilizar e o paciente não interrompe o uso de medicamentos.
Todos os tipos de tratamento da obesidade3, do mais simples ao mais radical, exigem empenho e determinação. Será sempre necessário um suporte multiprofissional e a adequação da dieta às novas metas a serem alcançadas. Para garantir um bom nível de adesão e o sucesso terapêutico, sua motivação é essencial e pode ser auxiliada por orientações com embasamento técnico e científico de qualidade, ajudando na solução ou diminuição do problema.
Fonte: www.abc.med.com.br
ONDE FAZER CIRURGIA BARIÁTRICA PELO SUS
Cirurgia sem custo
Saiba que é possível fazer esta operação no SUS (Sistema Único de Saúde). O problema é que há pouco espaço disponível nos hospitais para a cirurgia da obesidade. Das 20 mil feitas por ano, apenas 10% são realizadas no SUS. “O resultado são longas filas de espera”, informa o professor Arthur Garrido Jr. No Hospital das Clínicas de São Paulo, por exemplo, há uma espera de três a cinco anos. “Um ano antes da data prevista, chamamos o paciente e começamos um tratamentocom a equipe multidisciplinar (cirurgião, nutricionista, psicólogo). Ele participa de grupos com outros obesosque também estão se preparando para o procedimento”, complementa.
ONDE FAZER
Há cerca de 50 centros públicos no Brasil que oferecem alguns tipos de cirurgia bariátrica. São Paulo tem vários centros operando. Confira:
● CURITIBA: HOSPITAL DAS CLÍNICAS (41) 360-1800
● RECIFE: HOSPITAL DAS CLÍNICAS (81) 3454-3633
● RIO DE JANEIRO: HOSPITAL DE IPANEMA (21) 2287-2322
● MINAS GERAIS: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (31) 3238-8100
● SÃO PAULO:
HOSPITAL DAS CLÍNICAS (11) 3069-6000
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (11) 3226-7000
HOSPITAL DO MANDAQUI (11) 6976-2000
FACULDADE DE MEDICINA DO ABC (SANTO ANDRÉ) (11) 4993-5400
HOSPITAL SÃO PAULO (11) 5576 4522
HOSPITAL DA UNICAMP (CAMPINAS) (19) 3788-2121
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO (16) 602-1000 Emagreça a cabeça!
A cirurgia não é o fim do tormento, mas o começo de uma nova vida. É preciso um acompanhamento sério para a readaptação de ex-obesos mórbidos. Veja as dicas do cirurgião Luiz Vicente Berti, (SP) e da psicóloga Marlene Monteiro da Silva, da Unidade de Cirurgia da Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas, (SP), antes de encarar o bisturi:
• A operação representa 30% do tratamento e os outros 70% acontecem na etapa pós-cirúrgica.
• Como há uma mudança brusca na alimentação, o emagrecimento é muito grande no primeiro ano.
• Há quem tenha enxugado 50 kg, pois a pessoa sai de uma dieta de 2.000 calorias para 800 .
• A cirurgia marca o início de uma fase de transformações, por isso, assistência psicológica é fundamental.
• Os pacientes chegam com uma expectativa imensa e acham que depois da intervenção vão ter o corpo dos sonhos, a la Giselle Bündchen. Por isso, a primeira tarefa é trazê-las para a realidade.
• Após o procedimento, vem a euforia e a auto-estima nas alturas. Muitas querem recuperar o tempo perdido. Daí, vêem que não é a perda de peso que vai conquistar o namorado ideal ou atrair o emprego dos sonhos.
• Em 99% dos casos é necessário recorrer à cirurgia plástica para retirar os excessos de pele.
FONTE: DIETA JÁ
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